O que o Brasil deve fazer se quiser convencer na cúpula do clima?

Desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden tem dado atenção especial para a agenda climática, em paralelo à luta contra a pandemia. Em campanha para assumir a liderança mundial das ações ambientais, após os EUA perderem protagonismo no governo de Donald Trump, Biden convocou uma cúpula virtual nos dias 22 e 23 de abril para que líderes de outras nações apresentem suas ações em relação ao tema. Vladmir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, estão entre os 40 líderes com presença confirmada. O presidente Jair Bolsonaro também. E, não à toa, conforme informou a CNN Brasil, na noite de quarta-feira, ele enviou uma carta ao presidente americano para assumir o compromisso de acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e propôs um plano de ajuda de países ricos, que hoje observam o governo com ceticismo. Com isso, o governo esperar contar com o apoio dos Estados Unidos, manifestado por Trump, em sua tentativa de ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado clube dos países ricos. Porém, além da forte pressão de europeus contra o avanço do desmatamento, o Brasil terá que provar que adota medidas efetivas. O embaixador americano em Brasília, Todd Chapman, alertou que o Brasil deve apresentar resultados concretos para a preservação da Amazônia se quiser manter o apoio de Washington para ingressar na OCDE. No Ao Ponto desta quinta-feira, que integra o projeto "Um Só Planeta", o físico Paulo Artaxo, da USP, referência mundial no estudo das mudanças climáticas, conta o que espera da participação do Brasil na cúpula e quais são os resultados que o encontro convocado por Biden pode ter nas ações globais contra a crise climática.

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