Como você já deve ter ouvido por aí, responsabilidade afetiva não é sobre reciprocidade. Também não é um pedido desesperado por amor, é uma exigência básica sobre respeito. Em algum momento tolo decidimos que um relacionamento amoroso só pode ser definido como tal quando atravessasse o portal do 'pedido oficial'. Podia ser mais parecido com as amizades, né? Em que basta gostar, estar junto, se importar, que pronto: temos uma amizade ali. Só que contatos diários, abrir sua intimidade, alimentar expectativas podem até não configurar um relacionamento sério, mas devem sim carregar a preocupação com os sentimentos do outro. Ou deveria carregar, inclusive no momento de cortar esse laço. Desaparecer sem qualquer comunicação ganhou o nome chique de ghosting, mas é uma baita covardia. Dizer que ama alguém para nutrir o seu ego de ser amado ou amada, beira a crueldade. Focamos muito na paixão e esquecemos da compaixão? Quem aí trocaria ter aprendido a fórmula de bhaskara por mais aulas sobre educação emocional? Bom Dia, Obvious! Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious, conversa com a atriz, escritora e podcaster, Gabie Fernandes.